Tudo começou de forma inesperada… bem ao estilo de como Deus gosta de surpreender. A gente se conheceu no ambiente mais improvável: o trabalho. Mais especificamente, numa escola. A noiva aqui (sim, eu mesma, a Dani 😅) nunca tinha trabalhado em escola antes. Fiz o processo seletivo, fui chamada e… sem entender muito como, fui parar justamente nessa escola. Já o Felipe… bom, ele tinha tentado outras escolas antes, mas por causa de incompatibilidade de horários, acabou sendo direcionado para a mesma escola que eu. Coincidência? Não… propósito de Deus mesmo.

E olha que o início foi curioso. Passamos um bom tempo nos esbarrando pelos corredores, sem nem trocar uma palavra. Eu, auxiliar de classe. Ele, o professor de matemática. Meu aluno era da turma dele… mas, por ironia, ficou um tempo afastado por causa de uma pneumonia. Só quando ele voltou é que eu finalmente entrei na sala do Felipe. E foi ali… naquele dia… que tudo começou de verdade.

Confesso que no início eu estava super tímida, tentando entender meu novo papel ali. Mas o Felipe… ah, o Felipe me surpreendeu. Sempre educado, gentil, puxou assunto, perguntou meu nome, deu um bom dia. Coisas simples, mas que fizeram eu me sentir vista. Não só como uma auxiliar, mas como pessoa. E acho que foi ali que meu coração começou a prestar atenção nele.

Do lado dele… ele só estava curioso, querendo saber quem era aquela pessoa nova na sala dele. Sem grandes pretensões no início (pelo menos foi o que ele disse, né? 😏). Mas com o tempo, as conversas começaram, as piadas dele (que eu sempre ria, mesmo as mais sem graça), e uma amizade foi crescendo. A gente foi se conhecendo, percebendo afinidades, gostos parecidos, o mesmo senso de humor. Não teve um “momento exato” em que a gente percebeu… foi um processo. Cada conversa, cada olhar, cada cuidado… tudo foi nos aproximando.

Até que um dia, depois de algumas tentativas frustradas dele de me chamar pra sair, veio o famoso “última cartada”. Um convite despretensioso num feriado… e eu disse sim. Nosso primeiro passeio foi no bairro da Passagem, debaixo de uma chuvinha fina. Sentamos num banco de madeira (meio quebrado, diga-se de passagem 😂), morrendo de frio, mas ali… conversando sobre a vida, os sonhos… e foi ali também que aconteceu o nosso primeiro beijo. Um momento simples, mas que ficou pra sempre guardado na memória.

Agora… uma pausa pro nosso momento cômico: eu morrendo de frio, esperando aquele abraço cinematográfico, e o Felipe… me dá o casaco! 😂 Tudo bem, eu sobrevivi… e ficou mais uma história pra gente rir até hoje.

O pedido de namoro foi digno de filme! Teve caixinha com a pergunta, bilhetes, biscoitinhos (sim, ele mesmo confessa: “eu roubei alguns no caminho 😅”), muita oração, muito amor… e uma surpresa completa, porque eu estava só indo pra faculdade, sem imaginar que minha vida mudaria daquele jeito naquele dia. Guardei a caixinha até hoje… e ela já está reservada pra ir pra nossa futura casa, cheia das nossas cartas.

Mas claro… nem tudo foram flores o tempo todo. Nosso namoro teve muitos momentos de adaptação. Conhecer o outro de verdade envolve choque de mundos, diferenças de personalidade… e tudo isso nos forçou a crescer, a aprender, a respeitar o tempo e os limites um do outro. Mas o que mais nos marcou foi o período do noivado. Sem romantizar: foi o tempo mais difícil da nossa história até aqui. Tivemos lutas emocionais, espirituais, financeiras… passamos por crises, dúvidas, desentendimentos. Mas também foi o tempo em que mais aprendemos a orar juntos, a lutar um pelo outro e a entender que, se Deus nos trouxe até aqui, é porque Ele tem um propósito muito maior pra nossa história.

Um dos momentos mais marcantes foi depois de um desentendimento bem difícil. O Felipe simplesmente segurou minha mão, me abraçou… e orou. Ali, naquele instante, a gente entendeu de verdade o que significa ter Jesus no barco com a gente. Lembramos daquela passagem da tempestade, e parece que tudo dentro da gente começou a se acalmar. Foi ali que a gente entendeu que não importa o tamanho da tempestade… Jesus está no controle.

E aí veio o pedido de casamento… claro que com a cara dele: planejado, estratégico e com direito a gravação de vídeo pros nossos futuros filhos! Ele começou dizendo que queria registrar aquele momento pra eles… e eu, boba, acreditando… até que, no meio da gravação, veio o pedido! Fiquei em choque, sem saber se ria, se chorava… e mais uma vez, disse sim.

Hoje, olhando pra tudo o que a gente viveu até aqui, a gente entende: Deus sempre foi o autor dessa história. Cada detalhe, cada encontro, cada lágrima e cada sorriso. Nossa música diz que Cristo é o centro de tudo… e o nosso versículo preferido reforça: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” (Provérbios 16:3).

E é assim que a gente chega até aqui: com fé, com amor, com muitos biscoitinhos e com a certeza de que o melhor ainda está por vir. ❤️